Mitos sobre o envelhecimento
A velhice começa aos 65 anos, é apenas uma questão cronológica.
“65 anos” é apenas um dado abstracto; a velhice embora geralmente implique desgaste nomeadamente em termos orgânicos, é mais um processo pessoal e não tanto um definido por uma baliza etária.

Estar velho, é estar dependente.
A dependência física, psíquica ou intelectual não depende da idade mas antes de um conjunto de factores, como a saúde, que podem despoletar uma situação de dependência.

As pessoas idosas geralmente não conseguem tomar decisões sobre a sua vida.
As pessoas idosas são adultas e a não ser que estejam em situação inequívoca de incapacidade de julgamento e decisão, foram e estão habilitadas para saber e construir o rumo das suas vidas.

A maior parte das pessoas idosas usufruem de equipamentos e serviços para os apoiar no dia-a-dia.
Apenas 11,4% das pessoas idosas portuguesas usufruem de equipamentos ou serviços e, segundo a União Europeia estima-se que apenas 3% desta população se encontre em situação de grande dependência; na verdade, muitas pessoas idosas são cuidadoras dos mais jovens e mais velhos que elas próprias.

«Burro velho não aprende línguas»
A capacidade de aprendizagem não cessa com a longevidade - o ser humano é capaz de aprender e de se adaptar sempre.

A família cuida sempre dos mais velhos e estes nada dão em troca.
Nem todas as famílias estão capacitadas para manter ou criar relações afectivas e funcionais intergeracionais, por outro lado, a função social dos membros mais velhos da família passa muitas vezes por cuidar dos mais novos, contribuir monetariamente para o agregado doméstico, servir de mediadores com a vizinhança, etc.

As pessoas idosas não se apaixonam ou têm relações sexuais.
O amor, a sexualidade e o afecto são importantes para os maiores, independentemente da sua idade.

As pessoas idosas são todas iguais.
A população idosa portuguesa é muito heterogénea - não é por fazerem 65 anos ou mais que as pessoas ficam todas iguais.


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