Dissertação de Mestrado Ana Jorge

Dissertação de Mestrado Ana Jorge - “A Qualidade de Vida e a Animação em Idosos Institucionalizados” (Clicar para ver documento)






RESUMO

A qualidade de vida dos idosos institucionalizados e a influência das actividades de animação

Neste estudo, de carácter exploratório, debruçamo-nos sobre a variável Qualidade de Vida, definida pela “percepção do indivíduo da sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais vive” (WHOQOL GROUP, 1994).

Pretendemos perceber em que sentido esta condição é influenciada pelo facto dos idosos institucionalizados participarem ou não em actividades de animação, e ainda, se o tipo de apoio formal que recebem (Centro de Dia ou Lar) tem repercussões na variável em estudo. Interessa-nos ainda perceber se existem relações significativas entre a Qualidade de Vida e a frequência com que os idosos falam com os filhos.

Usámos o questionário da Organização Mundial de Saúde (OMS), o WHOQOL-Bref, simultaneamente com um questionário sócio-demográfico. Inquirimos 136 idosos em sete instituições do Distrito de Santarém, com idades compreendidas entre os 65 e os 102 anos. Sendo que 67 idosos usufruíam do apoio do Centro de Dia e os restantes 69 do apoio do Lar.

Os resultados revelam-nos que os idosos que residem no Lar, sãos os que revelam valores superiores quanto à variável Qualidade de Vida Geral, tal como no domínio físico, também são os que apresentam os valores mais elevados. Nos restantes domínios não existem diferenças significativas. Relativamente à frequência com que os sujeitos falam com os filhos não se verificou qualquer efeito significativo em nenhum dos domínios. Quanto à participação nas actividades de animação, os idosos que o fazem mais frequentemente, obtiveram níveis mais elevados de Qualidade de Vida nos domínios Psicológico, Meio Ambiente e Relações Sociais.


Palavras-Chave:

Qualidade de vida; WHOQOL-Bref; Idosos e Envelhecimento; Animação de Idosos;  

Criar um ambiente sensorial para uma boa noite de sono



A noite de sono pode ser um desafio para os idosos. As mais diferentes condições acarretam insónia ou noites de vigília, como disfunções neurológicas, transtornos de ansiedade, problemas respiratórios e distúrbios digestivos. Em muitos casos, modificações no ambiente de sono podem ajudar a aumentar a duração e a qualidade do sono. Exemplo de modificações são as modificações sensoriais, ou seja, modificações relacionadas com o que os nossos órgãos sensoriais captam e transmitem ao cérebro. 
Desta forma, podemos transformar um quarto normal num quarto sensorial!

1. Cor 
Pesquisas têm mostrado consistentemente que ambientes escuros permitem um sono mais profundo do que os quartos mais iluminados. Escolher uma cor escura para paredes do quarto é a primeira dica, mas isto não significa necessariamente que a escolha precisa ser preto ou cinza. Azul escuro, verde esmeralda, roxo e vermelho vão proporcionar o escuro “mais escuro”  à noite, especialmente se o tecto é pintado de uma cor escura, também. E, note que essas cores são alegres durante o dia.
2. Luz
Tendo paredes de cores escuras que absorvem a luz em vez de reflecti-la, é hora de bloquear outras fontes de luz. Menos luz significa menos noites de vigília. Aqui estão algumas recomendações para minimizar a luz no quarto:
- Desligar dispositivos electrónicos no quarto depois de escurecer.
- Ter cortinas de tons de cor escura em cima da janela para bloquear a luz.
- Apagar as luzes que ficam acesas à noite (alguns aparelhos emitem luzes mesmo que desligados).
- Virar o relógio digital para a parede.
Para se deslocar durante a noite usar uma lanterna,  ligar uma luz de presença ou usar algum dispositivo de luz fraca. Não use as luzes do tecto ou uma lâmpada de 60 watts porque essa quantidade de luz vai sinalizar para o corpo que está na hora de acordar!
Para um despertar suave pode-se deixar uma fresta da janela ou porta aberta para permitir a entrada de luz no quarto à medida que amanhece.
A luz também é necessária para ajudar nos acordar na hora certa, definindo 

3. Cama tipo tenda
Uma cama tipo tenda não só ajuda a bloquear a luz e outros estímulos, mas também fornece uma sugestão psicológica que é hora de se acalmar e descansar. Uma tenda pode criar uma sensação de segurança e privacidade que oferece suporte a um sono mais repousante.


4 . Travesseiros e almofadas
Travesseiros ao longo do corpo são uma óptima opção porque eles podem ser dispostos de forma a suportar todos os pontos do corpo.
Ao dormir de lado, um travesseiro entre os joelhos pode ajudar a equilibrar os quadris e aumentar o conforto durante o sono. Além de estar a ajudar no posicionamento da coluna.
Usar travesseiros ou almofadas macias, médias ou grandes são uma questão de conforto pessoal. Algumas pessoas precisam de experimentar diferentes tipos, a almofada certa pode significar a diferença entre acordar revigorado ou acordar várias vezes com o pescoço dorido.
Se a cama está encostada à parede, uma parede de travesseiros pode ser uma boa opção, pois algumas pessoas não gostam da sensação de bater numa parede fria durante a noite. 

5. Cobertores
Os padrões do cobertor e temas devem ser calmos e positivos, e podem fornecer um estímulo por meio de imagem ou ideia. Ficar a olhar para imagem que se gosta e está estampada no cobertor pode acalmar e ajudar na hora do sono.
Mantas de diferentes pesos e materiais podem ser preferidos em diferentes épocas do ano. Cobertores mais pesados são populares entre as pessoas com pernas inquietas e insónia. Recomenda-se um peso de cobertor de aproximadamente 10% do peso corporal de uma pessoa porque o cobertor fornece suave, mas profunda pressão sobre o corpo, estimula a libertação de hormonas e neurotransmissores importantes para acalmar durante a noite.
Algumas pessoas gostam de criar um casulo de vários cobertores, alguns têm um cobertor favorito que está sempre em cima da cama. A principal desvantagem do uso de vários cobertores é o risco de acordar com calor. Portanto, modificar o cobertor de acordo com a temperatura do ambiente é o ideal.
Para aqueles que não gostam de cobertores e se recusam a usar por razões sensoriais, deve estar atento ao pijama. Pijamas mais leves na época do calor e mais quentes no frio. 

6. Ruído
Os ruídos de dentro e de fora da casa são um grande problema para os indivíduos sensíveis que estão a tentar dormir. Aqui estão algumas ferramentas para criar uma noite silenciosa :
- Algodão ou protetores auriculares.
- Música suave ou sons naturais que se repetem durante toda a noite e desviam atenção do barulho incómodo da rua.
- ventilador, purificador de ar ou outro aparelho que cria “ruído branco”.

7. Segurança
A grade da cama é necessária em alguns casos. 
Numa casa escura durante a noite, retire as coisas que representam riscos de tropeçar. Coloque luzes de presença (as mais fracas) em locais estratégicos ao redor da casa para evitar acidentes: o corredor, casa de banho e cozinha são pontos principais.

8. Colchão
Colchões são uma questão de preferência pessoal, e eles podem favorecer ou prejudicar a capacidade de dormir. Espuma, molas, viscoelástico… é necessário experimentar a opção mais confortável.


9. Atividade sensorial calmante para a noite de vigília

Alguns precisam de um recurso calmante para dormir, como um pouco de estímulos sensoriais. Um massajador de mão, bola para apertar, um tecido no rosto, são várias as opções.


10. Texturas e itens de conforto
Texturas calmantes também podem ajudar uma pessoa voltar a dormir depois de acordar no meio da noite. A textura pode estar na superfície que a pessoa se deita, como cetim.

11. Cheiros
Certos aromas podem ter um efeito calmante e facilitar o sono, caso a pessoa não seja alérgica pode-se investir em aromas que acalmam, como gotas de lavanda, óleos essenciais de camomila ou cheiros que gerem a sensação de conforto. Algumas pessoas usam perfumes próprios para o lençol para proporcionar esse tipo de estimulação.

12. Temperatura
Estudos do sono têm consistentemente demonstrado que a maioria das pessoas dormem melhor a uma temperatura ambiente, mas isso pode não ser verdade para todas as pessoas.  Esteja atento às temperaturas mais confortáveis.

14. Decoração
Esteja atento à decoração do ambiente de dormir. Observe se não existem objectos que estimulam a pessoa com problemas de sono na hora de dormir. Na dúvida, retire do quarto durante algumas noites e avalie.

Comunicação com a Pessoa Idosa


A comunicação é considerada uma necessidade fundamental, cuja satisfação envolve um conjunto de condições bio-psicossociais. É mais do que uma troca de palavras, trata-se de um processo dinâmico que permite que as pessoas se tornem acessíveis umas às outras por meio da partilha de sentimentos, opiniões, experiências e informações. Comunicar envolve, além das palavras que são expressas por meio da fala ou da escrita, todos os sinais transmitidos pelas expressões faciais, pelo corpo, postura corporal e distância que se mantém entre as pessoas; a capacidade e a forma de tocar ou mesmo o silêncio numa conversa. A comunicação é essencial na área da saúde, pois, por meio dela são obtidas informações valiosas para a condução terapêutica.

A comunicação com a pessoa idosa:
  • Use frases curtas e objetivas.
  • Chame-o pelo próprio nome ou da forma como ele preferir.
  • Evite infantilizá-lo utilizando termos inapropriados, ou ainda, utilizando termos diminutivos desnecessários (“bonitinho”, “lindinho” etc)
  • Pergunte se entendeu bem a explicação, se houve alguma dúvida.
  • Repita a informação, quando essa for erroneamente interpretada, utilizando palavras diferentes e, de preferência, uma linguagem mais apropriada à sua compreensão.
  • Fale de frente, sem tapar a sua boca e, não se vire ou se afaste enquanto fala.
  • Aguarde a resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, pois, a pessoa idosa pode necessitar de um tempo maior para responder.
  • Não interrompa a pessoa idosa no meio da sua fala, demonstrando pressa ou impaciência. É necessário permitir que ele conclua o seu próprio pensamento.
A diminuição das capacidades sensório-perceptivas, que ocorre no processo de envelhecimento, pode afetar a comunicação das pessoas idosas. Tais alterações são manifestadas pela diminuição da capacidade de receber e tratar a informação proveniente do meio ambiente que, se não forem adequadamente administradas, poderão levar ao isolamento do indivíduo. Os idosos muitas vezes tardam em perceber, aceitar e tratar suas dificuldades e, em consequência disso, acabam por se afastar do convívio familiar e social para evitar situações constrangedoras.

Audição
A deficiência auditiva gera no idoso um dos mais incapacitantes distúrbios de comunicação, impedindo-o de desempenhar plenamente o seu papel na sociedade. É comum observarmos o declínio da audição acompanhado de diminuição na compreensão da fala por parte do idoso, dificultando a sua comunicação com outrem.

Algumas medidas simples podem auxiliar a comunicação com as pessoas idosas que apresentem declínio auditivo:

• Evite ambientes ruidosos;
• Evite submeter as pessoas idosas à situações constrangedoras quando essas não entenderem o que lhes foi dito ou pedirem para que a fala seja repetida;
• Procure falar de forma clara e pausada e, aumente o tom de voz somente se isso realmente for necessário;
• Fale de frente, para que a pessoa idosa possa fazer a leitura labial.

Voz
Com a voz a pessoa se faz ouvir e respeitar, garantindo o seu lugar na sociedade. A alteração vocal é inerente à idade e deve ser compreendida como parte do processo de envelhecimento normal do indivíduo e não como um transtorno, embora, muitas vezes, seja difícil estabelecer o que é normal e o que é doença. Pesquisas revelam que um indivíduo que segue as orientações de saúde vocal durante a sua vida pode minimizar as possíveis dificuldades decorrentes do avanço da idade. São elas:

• Evitar gritar ou falar com esforço;
• Evitar competir com outras vozes ou ruídos do ambiente;
• Evitar falar durante uma caminhada intensa, corrida ou ginástica, pois, isso dificulta a respiração solta e livre;
• Articular bem as palavras;
• Verificar a necessidade e condições de próteses dentárias e/ou auditivas;
• Fazer atividades que estimulem o uso da voz como a conversação e o canto;
• Beber água quando falar muito ou cantar, pois, a água hidrata o corpo e faz as pregas vocais funcionarem melhor;
• Evitar a tosse, excepto quando for reação a algum distúrbio;
• Manter uma alimentação saudável;
• Evitar álcool em excesso e tabaco;
• Evitar mudanças bruscas de temperatura;
• Diminuir a distância entre os falantes;
• Falar em ambiente iluminado para facilitar a leitura labial;
• Manter o convívio social e familiar.


Direitos, Princípios e Valores do Cuidar de Idosos Institucionalizados


Os princípios e valores em que assenta o cuidar do outro em acolhimento residencial têm a sua génese nos direitos fundamentais que devem ser promovidos e garantidos a todos os residentes, famílias, colaboradores, dirigentes, especialistas e todos os restantes com quem a organização se relacione.


De entre os princípios e valores do cuidar relevam especialmente:

Dignidade

A dignidade da pessoa humana pelo simples facto de ser pessoa é fundamento de todos os valores e princípios que constituem substrato dos direitos que lhe são reconhecidos. São de evitar pelos colaboradores da estrutura residencial - e por todos os residentes - expressões que diminuam uma pessoa. Nunca se deve, por exemplo, falar de alguém na sua presença como se ele ou ela não estivesse ali.

Respeito

Quando demonstramos respeito por uma pessoa, estamos a transmitir-lhe apreço por aquilo que é. Significa também que a temos em consideração naquilo que fazemos com ela e para ela. O respeito tem que estar presente em toda a vida quotidiana de uma estrutura residencial. Uma forma importante de respeitar o outro é ter em conta a sua vida passada. O residente não corta laços com o passado ao ingressar na estrutura residencial. Assim, ele deve, por exemplo, poder fazer-se acompanhar dos seus objectos pessoais, recordações e, caso haja condições, mobiliário e animais de estimação.

Individualidade

Cada pessoa tem características biológicas e experiências de vida que definem a sua identidade e a distinguem dos demais. Embora possamos ter muitas características comuns, encontramos diferentes gostos, crenças, opiniões e atitudes mesmo dentro da mesma família.

Quando trabalhamos numa estrutura residencial, reconhecer e respeitar a diferença é uma forma de demonstrar que valorizamos as pessoas com quem nos relacionamos.
Reconhecer a individualidade do residente passa por coisas aparentemente tão comuns como perguntar-lhe como é que quer ser tratado. Pelo nome? Nome e apelido? Título académico? Por “tu” ou por “você”? Ao agir segundo este princípio contribuímos para um relacionamento que preserve a dignidade de todos e de cada pessoa em particular.

Autonomia
O respeito pela individualidade implica, necessariamente, o respeito e a promoção da autonomia do residente. A estrutura residencial não é um local onde a pessoa aguarda pela morte, mas sim a sua casa, onde vive uma fase importante da sua existência.
A direcção e os colaboradores da estrutura residencial devem encorajar o residente a ser responsável por si próprio e a executar ele mesmo todas as tarefas que deseje e de que seja capaz. Ninguém se deve substituir ao residente nessas tarefas sob o argumento de maior funcionalidade ou rapidez. A estrutura residencial deve ter condições que promovam a autonomia e facilitem a mobilidade, nomeadamente a nível do espaço físico e mobiliário, e da humanidade com que se prestam pequenas ajudas, capazes de ajudar a manter o auto-cuidado, a auto-estima e a promover a autonomia.

Capacidade de escolher
É muito importante para o bem estar emocional e físico dos residentes terem oportunidade de fazer escolhas e de tomar decisões. Se assim não for, limita-se a autonomia violando-se, o princípio do respeito pela pessoa do residente e sua autodeterminação.
Devemos encorajar os residentes a decidirem, tanto quanto possível, o que querem comer e quando, o que fazer ao longo do dia, o que querem vestir, a hora a que se querem deitar ou levantar.

Privacidade e intimidade
A consideração pela pessoa implica o respeito pela sua privacidade e intimidade. Correspondem a necessidades profundas de todas as pessoas e não diminuem com a idade. Dai que deve haver a maior preocupação e delicadeza em tudo o que se prende com a privacidade e intimidade das pessoas mais velhas. Merece especial atenção a sua garantia em todas as intervenções que respeitem à higiene íntima, às relações com os outros, à correspondência, às chamadas telefónicas e a todos os problemas e questões pessoais e familiares.

Confidencialidade
O residente tem direito ao respeito pela confidencialidade de todos os elementos da sua vida relativos à sua privacidade e intimidade.
Todos os elementos da estrutura residencial - directores, colaboradores, residentes, familiares ou amigos - devem respeitar essa confidencialidade, não divulgando nunca informações sobre a vida íntima e privada do residente. O cumprimento do dever de confidencialidade é também elemento fundamental nas relações entre todas as pessoas implicadas na intervenção da estrutura residencial.

Igualdade
Ninguém pode ser privilegiado ou prejudicado em função da idade, do seu sexo, religião, orientação sexual, cor da pele, opinião política, situação económica, situação social ou condição de saúde. Todas as pessoas têm as preferências, afinidades, simpatias e antipatias, ou ideias pré-concebidas, mas elas não podem interferir com a prestação de cuidados.
Temos de ter em conta que os nossos preconceitos manifestam-se na atitude que temos em relação aos demais e afectam, inevitavelmente, o nosso desempenho humano e profissional. Há que vencer esses preconceitos e respeitar o princípio da não discriminação.

Participação
Os residentes devem poder participar na vida da estrutura residencial. Deve existir um livro de sugestões e a direcção deve tomar a iniciativa de chamá-los a dar o seu parecer sobre o regulamento interno, nomeadamente através de um conselho de residentes. Decisões que afectem a comunidade residencial não devem ser tomadas, nem implementadas sem serem antes tornadas públicas e explicadas aos residentes, que
devem poder exprimir-se sobre elas e apresentar sugestões. O plano de actividades também deve ser debatido com os residentes, que têm uma palavra a dizer sobre a escolha dos passeios, os destinos de férias e outras actividades.

Todos estes valores e princípios devem ter expressão na concretização dos direitos dos residentes.

Fonte: Manual de Boas Práticas - Um guia para o acolhimento residencial das pessoas mais velhas. Para dirigentes, profissionais, residentes e familiares

Higiene dos idosos



A higiene é um dos factores mais importantes para o asseio, conforto e qualidade de vida de uma pessoa.

A higiene dos idosos é de extrema importância tanto para aumentar a auto estima quanto para a saúde deles, principalmente na prevenção de doenças de pele e não pode ser considerada como vaidade e sim boa saúde que se reflecte na qualidade de vida.

A descoberta de que vários micróbios causam doenças, fez com que a higiene se tornasse fundamental.

A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e das habitações, diminuiu sensivelmente o risco de infecção por fungos, bactérias e vírus.

Todos nós aprendemos a tomar banhos sozinhos e fazemos isso quase a nossa vida toda. Quando ficam incapacitados ou impedidos, a tendência é que as pessoas idosas fiquem desconfortáveis e deprimidas e muitas vezes com vergonha sem à vontade para que lhe dêem banho.

Durante o envelhecimento e a doença, a capacidade de nos auto-cuidarmos diminui e a carência de cuidados de higiene aumenta, como tal, o cuidador deve contribuir para conservar a saúde e o bem-estar do idoso, prestando bons cuidados de higiene.


O BANHO PROPORCIONA

• Boa Saúde física e emocional

• Boa aparência

• Autoconfiança


FACTORES QUE INTERFEREM

• Ambiente inadequado

• Alterações de equilíbrio

• Alterações da visão

• Diminuição da força muscular

• Déficit cognitivos


Etapas dos cuidados de higiene a idosos dependentes:


1.º – Preparar todo o material necessário:

· Luvas e aventais descartáveis

· Esponja

· Sabão líquido neutro

· Uma bacia com água tépida (se banho na cama)

· Toalhas limpas

· Creme hidratante e anti-alérgico

· Escova ou pente para o cabelo

· Escova de dentes e pasta dentífrica ou elixir

· Fraldas descartáveis, se necessário

· Sacos de plástico para o lixo e para a roupa suja

· Roupa limpa para o idoso e/ou para a cama


Se o banho é no chuveiro:

· Temperar a água, tendo o cuidado de não queimar a pessoa ou provocar desconforto

· Começar sempre pela cabeça, em direcção aos pés.

· Lavar a cabeça, cara e orelhas do idoso.

· Seguem-se o pescoço, braços, axilas, costas, pernas e pés, entre os dedos e, por fim, partes genitais.

· Secar o corpo com toalha macia, sem esfregar.

· Aplicar creme hidratante no corpo.

· Vestir a pessoa e penteá-la.

· Não esquecer a lavagem da boca, usando uma escova de dentes ou compressas embebidas em elixir ou pedir ao idoso para bochechar.

· Verificar sempre se não existem secreções, feridas, caspa ou parasitas.

· Cortar as unhas, cuidar dos cabelos e toda a aparência do idoso.


Se o banho é na cama:

· Temperar a água, tendo o cuidado de não queimar a pessoa ou provocar desconforto.

· O idoso deve ser lavado com uma esponja embebida em água e sabão, ou com um gel de banho hipoalergénico.

· Iniciar a higiene com a limpeza dos olhos, usando uma compressa com água ou soro fisiológico para cada olho, limpando sempre de dentro para fora, de uma só vez.

· De seguida: lavar a cara, as orelhas e a cabeça. A lavagem desta deve ser feita com regularidade, devendo, contudo, respeitar a vontade do idoso, sempre que possível.

· Lavar os braços e o tronco e seguir para as pernas e os pés, secando o corpo à medida que lava e tapando-o.


Lavar a região genital, tendo em atenção que:

No Homem:

Começar a lavar com movimentos circulares pela ponta do pénis, puxando o prepúcio para baixo e lavando a glande, posteriormente o pénis e o escroto (não esquecer de voltar a colocar o prepúcio na sua posição normal.


Na Mulher:

Lavar da frente para trás (do meato urinário para orifício vaginal e posteriormente para a região anal), prestando atenção à sujidade acumulada entre os lábios, utilizando uma mão para afastar os lábios e outra para lavar.

· Mudar a água da bacia após a higiene dos genitais.

· Colocar o idoso de lado e proceder à lavagem das costas e nádegas, secando de seguida.

· Colocar a roupa lavada e a fralda, fazendo a cama de um lado.

· Virar o idoso para o lado seguinte e terminar de fazer cama e de colocar a fralda.

· Terminar de vestir o idoso e deixá-lo confortável.

· Não esquecer de pentear o cabelo, colocar creme hidratante no corpo e de lavar a boca do idoso.
Aspectos importantes na higiene do idoso

· Promover uma relação interpessoal e agradável com o idoso durante o banho.

· Respeitar a sua vontade, privacidade e integridade.

· Retirar todos os objectos das mãos que possam ferir o idoso

· Usar um par de luvas para cada idoso e lavar SEMPRE as mãos antes e depois de cada higiene, de forma a evitar infecções.

· Começar os cuidados de higiene sempre das partes mais limpas para as partes mais sujas, (da cabeça para os pés)

· Observar o corpo e detectar todas as feridas que possam ter

· Ter atenção à fragilidade da pele, tanto ao lavar como a secar o corpo.

· Ter especial cuidado nos movimentos com idosos dependentes quer seja da cama para a cadeira, ou para o local do chuveiro, devendo desviar-se tudo o que possa magoá-los.

· Retirar sempre as placas dentárias e lavá-las ou incentivar o idoso a limpá-las. Estas só devem ser colocadas depois da limpeza da boca, que nunca deve ser deixada para trás, mesmo em pessoas sem dentes, para se evitar infecções.

Por norma, a casa de banho comum é pouco funcional e a má concepção dos equipamentos balneares obriga à realização de esforços suplementares por parte do cuidador e do próprio idoso. Para que o banho não se revele um tormento, o ideal seria adaptar a casa de banho às necessidades e à condição do idoso, assim o banho estaria sempre assegurado e sem qualquer esforço adicional.

Ambiente adequado para o banho

- Manter o piso seco dentro e fora da banheira utilizando tapetes antiderrapantes para evitar quedas.

- A colocação de barras de segurança na parede é de grande ajuda, pois permitem que o paciente se apoie nelas durante o banho, fazendo-o sentir-se mais seguro.

- Se for difícil para ele manter-se em pé por muito tempo, uma cadeira de banho vai auxiliá-lo e permitir maior conforto e independência.

- O toalheiro deve ficar ao lado da banheira









Rotinas diárias do idoso

 Actividades de vida diária

As actividade de vida diária, também chamadas de AVD, incluem as actividades rotineiras como alimentação, vestir e despir, banho e higiene pessoal.
Com o envelhecimento, o idoso apresenta uma série de dificuldades para executar tarefas rotineiras e para manter um comportamento social aceitável.
As alterações que são próprias do envelhecimento trazem défices em relação à memória, à visão, ao equilíbrio, às capacidades físicas e uma demora no tempo de reação.
Assim, com o avanço da idade, pode ocorrer uma perda da capacidade de tomar decisões e de realizar certas tarefas que nos parecem simples.
É importante que se estimule sempre a independência do idoso na realização dessas actividades, mesmo que isso implique um tempo maior para a realização dessas tarefas.
Quanto mais ele fizer, melhor para ele e menos desgaste para o cuidador!

O mais importante no cuidado é fazer COM o idoso e não PELO idoso, favorecendo a manutenção da autonomia e da independência.

ArteTerapia com idosos


As produções artísticas são projecções internas e manifestações pessoais, permitindo que o indivíduo se expresse de forma mais espontânea, originando um novo sentido da sua própria vida. A arteterapia, ao trabalhar com o processo criativo, pode ser um caminho revelador e inspirador que ajuda a entrar em contacto com a possibilidade de acreditar, desafiar, reconstruir, criar e expressar as emoções, sentimentos e imagens.

A Arteterapia pretende valorizar a singularidade do sujeito sem perder de vista o colectivo, utilizando a arte, que é um caminho de expressão, de comunicação e síntese da experiência pessoal da pessoa. Representando conteúdos inconscientes e conscientes, integra aspectos afectivos e cognitivos de saúde e doença, sendo benéfica para ampliar a compreensão do ser humano.

As actividades artísticas permitem que a pessoa simbolize as suas percepções sobre o mundo, sobretudo quando não consegue expressar-se verbalmente ou através da linguagem escrita. Através da arteterapia é possível trabalhar outras linguagens não-verbais, como a sonora, a corporal e a plástica, estimulando também a audição, a visão, as funções motoras e cognitivas.

A arteterapia pode ser um ótimo instrumento de trabalho com idosos, pois pelo seu aspeto lúdico proporciona às pessoas que estão nesta fase da vida, expressar os seus sentimentos, emoções, medos e angústias, em relação ao seu processo de envelhecimento.

Através da arte, o idoso pode resgatar situações de vida que não foram devidamente elaboradas, e a partir dos recursos artísticos e expressivos, pode configurar tais situações e elaborá-las e integrá-las na sua consciência. 

Fazer e vivenciar a arte promove relaxamento, redução do nível da ansiedade, inquietude, impaciência e angústia - que é normal no indivíduo idoso. É uma oportunidade de ser escutado, de receber atenção, que em muitos casos é o que muitos idosos precisam. É também uma forma de lazer,onde o idoso preenche o tempo de forma prazerosa. Recuperam a sua auto-estima, pois são capazes de pintar, desenhar, modelar...

Através da arteterapia, a produção plástica facilita a abertura de canais de comunicação, de percepção e de sensibilidade, proporcionando ao idoso uma melhor aceitação de si e da sua realidade.

Doença de Alzheimer – 10 perguntas e respostas

Imagem: Shutterstock

1. O que é o Alzheimer?

- Uma doença neuro-degenerativa que se agrava com o tempo também conhecida como demência ou perda de funções cognitivas( memória, orientação, linguagem, atenção) causada pela morte das células cerebrais. Quando diagnosticada no início é possível retardar o seu avanço e ter um controlo melhor sobre os sintomas.

2. Qual a diferença entre Demência e a loucura?

- A loucura, segundo a psicologia é uma condição da mente que está relacionada a doenças psiquiátricas como a esquizofrenia, psicose, transtornos psicóticos. As alterações de pensamento como delírios, novas realidades como a pessoa dizer que é Deus ou outra pessoa, de percepções como as alucinações sejam visuais ou aditivas.
- A demência é a perda das funções cerebrais como memória e raciocínio. Faz com que a pessoa fique confusa podendo não se lembrar de nomes, pessoas, podendo ocorrer também alterações de personalidade e convívio social. Provocam alteração da memória de curto prazo (refere-se ao que a pessoa fez nos último dias ou horas) ou longa duração (diz respeito às aprendizagens, as lembranças de infância e dos últimos anos) esses fatores estão associados ao raciocínio, capacidade de calcular, escrever.

3. Qual a causa da Doença de Alzheimer (DA)?

- Infelizmente não se conhece bem a causa, geralmente costuma atingir pessoas com idade mais avançada, mas pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos. As pesquisas continuam.

4. Como identificar os sintomas da DA?

Perda de memória;
Dificuldade de atenção;
Problemas de linguagem;
Dificuldade nas funções motoras;
As habilidades como: paneamento, organização, observação e resolução de problemas ficam comprometidas;
Apatia;
Depressão;
Distúrbios do sono podendo apresentar dificuldades em dormir;
Ansiedade;
Alteração de apetite.(podendo esquecer as principais refeições);
Irritabilidade/agitação/agressividade;
Delírios e alucinações;
Imitação ou o comportamento infantil;
Descuido com a aparência e higiene pessoal;
Dificuldade em se vestir
5. Existe cura para a doença?
- As pesquisas continuam mas ainda não foi encontrada a cura. O tratamento ajuda a minimizar os sintomas causados pela doença. Quanto mais cedo for diagnosticada a doença será mais fácil ter controlo sobre ela.

6. Quais os exames que podem ser pedidos para diagnosticar a DA?
- Geralmente os exames variam de caso para caso. Estes são solicitados de acordo com a avaliação clínica do indivíduo. Os exames mais solicitados são:
Exames laboratoriais: hemograma completo, sódio, potássio, ureia, creatinina, vitamina B12, dosagem das hormonas da tiróide, fígado.
Exames de imagem: tomografia computorizada, ressonância magnética, eletroencefalograma, Spect.

7. Como se prevenir?

- Os médicos recomendam manter a mente ativa, uma boa vida social, ter hábitos saudáveis. Pode-se estimular a memória lendo constantemente, por exemplo intercalando os tipos de leitura: história, literatura, reflexiva. Os jogos de concentração ajudam muito e divertem também, além da convivência com grupos de pessoas para troca de experiências.

8. Existe uma alimentação específica para a Doença de Alzheimer?
- Não existe uma dieta restritiva . O que se indica é uma alimentação saudável, consumo de nutrientes para preservar os neurónios e alimentos antioxidantes que combatem os radicais livres.

9. O que fazer para lidar com a agressividade?

- Tentar identificar os fatores do ambiente que podem estar a causar a agressividade e minimizá-los. Algumas situações que podem colaborar com a irritabilidade: ruídos excessivos, ambiente onde as pessoas falam muito alto ou gritam. O importante é manter a tranquilidade, calma.

10. Ter esquecimentos significa estar com Alzheimer?

- Não. Lembre-se sempre que a DA tem como caraterística a perda de memória, dificuldade com a fala ocorrendo repetição da mesma pergunta ou ideia, dificuldades nos movimentos, entre outros fatores.

Fonte: http://www.aterceiraidade.com/vivendo-com-saude/doenca-dealzheimer-perguntas-respostas/

Música traz benefícios físicos e mentais para a saúde dos idosos


Imagem: Shutterstock

No cérebro, a música age estimulando regiões ligadas à concentração, processamento de informações e produção de sentido. Isto porque, os estímulos sonoros agem nas áreas temporais do cérebro e que são incumbidas pela descodificação do comportamento musical.

A musicoterapia trata-se de uma especialização cientifica em que se utilizam a melodia, ritmo e outros elementos musicais para fins terapêuticos a fim de estimular reações no corpo para recuperar o paciente de determinada doença.

A música, dependendo do ritmo, influencia a respiração que fica mais branda ou mais ofegante, podendo influenciar ainda no batimento cardíaco por causa da pressão sanguínea que fica mais forte ou menos intensa. Prevenindo, desta forma, doenças cardíacas. Ao aumentar a pressão sanguínea atua na melhoria do sistema imunológico, no sistema endócrino, nos órgãos dos sentidos e na coordenação motora, ajudando ainda na prevenção e no tratamento de diferentes doenças físicas e mentais e, inclusive, no tratamento do stresse.



Principais benefícios da musicoterapia:

- Ajuda no relacionamento entre pessoas;
- Atua no desenvolvimento da inteligência espacial, melhorando as habilidades matemáticas;
- Aumenta a concentração e raciocínio lógico;
- Dependendo do ritmo eleva ou diminui a energia muscular;
- Ajuda no tratamento de problemas respiratórios;
- Reduz a fadiga no dia a dia;
- Aumenta as atividades psicomotoras;
- Ajuda no tratamento de hipertensos;
- Previne doenças cardiovasculares.

Problemas alimentares na doença de Alzheimer: o que fazer quando o paciente não quer comer?

Como melhorar a situação de um paciente que não quer comer???





- Incentive algum exercício antes da refeição

O exercício pode fazer a pessoa sentir fome. Pessoas com Alzheimer podem fazer exercícios.

É relevante lembrar que: um “simples” banho já pode ser uma atividade motora para o paciente, uma forma de gastar energia e ajudar a sentir fome.

- Monitorize a interferência das medicações.

Alguns medicamentos interferem com o apetite. Leia sobre os efeitos colaterais dos medicamentos que o paciente está a tomar. Discuta com o médico a falta de interesse em comer, pois a partir disto o profissional pode precisar alterar a medicação.

- Aplique-se no cardápio do paciente.

Qualquer pessoa se sente estimulada a comer quando está diante dos seus sabores preferidos. Sendo assim, o seu conhecimento sobre as necessidades nutricionais e sobre os “pratos preferidos” pode ser uma combinação perfeita.

Um Nutricionista é essencial para saber se o que o paciente está a comer é suficiente ou se ele precisa de algum complemento alimentar.

- Fique atento a quem está a dar a refeição.

Observe se paciente com Alzheimer não gosta da pessoa que o está a alimentar (ou está numa fase difícil com esta pessoa – o que pode acontecer), pois a recusa em se alimentar pode não ter relação com o alimento, mas com quem o está a oferecer. Se for preciso, tente uma pessoa diferente para oferecer a alimentação!

- Reduza distrações no ambiente em que ocorrem as refeições.

Preste atenção se o processo de alimentar o paciente não está a ser prejudicado por distrações nesse contexto. Uma TV ligada, uma conversa paralela ou uma pessoa que está por perto pode ser o motivo de distração. Lembre-se que o que para si pode não ser uma distração, para a pessoa com Alzheimer pode ser!

- Evite os alimentos muito quentes ou muito frios, uma vez que podem ser desagradáveis.

É sempre necessário verificar a temperatura dos alimentos e tentar fazer a relação entre esta e a recusa de comer.

- Alimentar o paciente com estímulos associados.

Tente dar ao paciente pequenas colheradas e enquanto isso, cante com ele, faça perguntas, crie um momento de diversão que pode ajudar na hora da alimentação. Leve a pessoa a sorrir ou a falar para que a boca se abra e você possa aproveitar e colocar um pouco de comida na boca. Claro que precisamos de delicadeza enquanto fazemos isso, lembre-se que isso é uma ajuda para introduzir o alimento, não é para forçar o paciente a comer e criar uma situação de stresse.

- Use utensílios adaptados.

Pode ser que precise usar talheres menores, copos com alças e outros utensílios adaptados. Um terapeuta ocupacional pode ajudar a definir o que é necessário a partir de uma avaliação do processo de alimentação.

- Monitorize a mastigação e a deglutição.

A mastigação e a deglutição podem ser afetadas ao longo da progressão da doença de Alzheimer. Pode ser necessário dar instruções sobre quando mastigar e quando engolir.

Fonte: http://www.reab.me/problemas-alimentares-na-doenca-de-alzheimer-o-que-fazer-quando-o-paciente-nao-quer-comer/

Diagnosticar a Demência




 

Sinais de Alerta

Perda de memória que afeta o funcionamento diário


É normal, de vez em quando, esquecer-se de um compromisso ou de um número de telefone de um amigo e, depois lembrar-se deles mais tarde. A pessoa com Demência pode esquecer-se das coisas com maior frequência ou simplesmente não se lembrar delas.

Dificuldade em executar tarefas familiares

É normal uma pessoa distrair-se, de vez em quando, e esquecer-se de servir parte da refeição. A pessoa com Demência pode ter dificuldades na execução dos passos que envolvem a preparação de uma refeição.

Perda da noção do tempo e desorientação

É normal esquecer-se, por momentos, do dia da semana em que se encontra. A pessoa com Demência pode apresentar dificuldade em encontrar o caminho para um local familiar ou sentir-se confusa em relação ao sítio onde está.

Problemas de linguagem


Todas as pessoas têm dificuldade, de vez em quando, em encontrar a palavra certa, mas a pessoa com Demência pode esquecer-se de palavras simples ou utilizar palavras desadequadas, tornando, deste modo, as suas frases difíceis de entender.

Dificuldades no pensamento abstrato
Gerir as contas mensais pode ser difícil para qualquer pessoa, mas a pessoa com Demência pode ter dificuldade em entender o que os números significam.

Discernimento fraco ou diminuído

A pessoa com Demência pode ter dificuldades, enquanto conduz, em ter a noção da distância ou decidir que direção tomar.

Trocar o lugar das coisas

Qualquer pessoa pode esquecer-se, temporariamente, do sítio em que colocou a carteira ou as chaves. A pessoa com Demência pode colocar as coisas em lugares inapropriados.

Alterações de personalidade e comportamento

Qualquer pessoa pode, por vezes, sentir-se triste ou mal-humorada. A pessoa com demência pode apresentar alterações súbitas de humor, sem razão aparente para tal e tornar-se confusa, desconfiada e isolada.

Perda de iniciativa

É normal cansarmo-nos de algumas atividades. Contudo, a Demência pode fazer com que a pessoa perca o interesse em atividades que anteriormente apreciava.



Lembre-se que:

Existem muitas situações médicas que manifestam sintomas semelhantes aos da Demência, por isso não assuma que alguém tem esta doença apenas porque apresenta alguns sintomas. Enfartes, depressão, alcoolismo, infeções, perturbações hormonais, carências nutricionais e tumores cerebrais, podem causar sintomas semelhantes aos da Demência, sendo que a maioria destas situações pode ser tratada.



http://alzheimerportugal.org/